Alfranque Amaral da Silva
Personagem

Alfranque Amaral da Silva

Alfranque Amaral da Silva é natural de Corrente (PI) e radicado em Campina Grande (PB) desde 1994, quando se mudou para estudar. Graduado, mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), é professor universitário há mais de 16 anos.

Em 2006, iniciou um projeto de educação por imersão cultural voltado para a formação de seus filhos, que em 2015 deu origem à Banda Caacttus – grupo de forró tradicional formado por crianças, incluindo seus filhos Lucas Gabriel e Luiz Miguel. A experiência transformou Alfranque em produtor cultural e compositor, ampliando seu ativismo pela preservação das matrizes tradicionais do forró.

Desde então, assumiu papel central no movimento cultural do Nordeste. É coordenador do Fórum Forró de Raiz (FFR) em Campina Grande, onde realizou quatro edições presenciais do Fórum (2017, 2018, 2019 e 2022), além de tribunas livres em diferentes estados. Foi um dos responsáveis diretos pelo processo de registro das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, reconhecimento oficializado pelo IPHAN em 2021.

Durante a pandemia da Covid-19, coordenou duas edições do Festival São João na Rede (FSJR), transmitidas on-line, o que fortaleceu sua atuação como produtor cultural digital. Também aprovou e produziu diversas vídeo-biografias pela Lei Aldir Blanc, incluindo registros sobre a Banda Caacttus, o Mestre Roosevelt Fernandes e a Rainha Travesti da Borborema.

Nos últimos anos, ampliou sua atuação para o campo das políticas culturais, realizando palestras, oficinas e intercâmbios em vários estados. Participou da elaboração de Planos de Salvaguarda do Forró em estados como Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Escreveu Projetos de Lei Federais sobre contratação de artistas e reconhecimento do notório saber, e diversos projetos de Patrimônio Vivo em municípios paraibanos, que garantem bolsas vitalícias para mestres das artes.

Em 2023, recebeu a Comenda Mérito Artístico Luiz Gonzaga, concedida pela Ordem dos Músicos do Brasil (Seção São Paulo), e realizou formações em diferentes estados do Nordeste, além do Rio de Janeiro e São Paulo, em 2024. No mesmo ano, foi convidado a integrar o Grupo de Trabalho do Ministério da Cultura para a articulação da Lei dos Mestres do Brasil, no âmbito da Política Nacional para as Culturas Populares e Tradicionais.

Em dezembro de 2024, fundou a FACULT – Federação de Amparo à Arte e à Cultura, fortalecendo a rede de mestres e produtores populares. Em 2025, por meio da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), aprovou projetos voltados à manutenção de espaços culturais e pontos de cultura. Também se prepara para levar palestras à França, fortalecendo o intercâmbio cultural e a candidatura do Forró como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Com uma trajetória que une educação, cultura e ativismo político, Alfranque Amaral da Silva se destaca como articulador nacional da cultura popular, consolidando um legado que integra tradição, inovação e reconhecimento institucional.

   

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