Claudete Barroso, conhecida como carimbózeira de Fazendinha/Marapanim (PA), é uma agricultora, educadora social, ativista e artivista ambiental, cultural e educacional. Filha de Manoel e Maria, também agricultores, cresceu em contato direto com a terra e a tradição cabocla amazônica, valores que moldaram sua vida e sua militância.
Profundamente enraizada no carimbó, é compositora e tocadora de maracás, tendo feito desse ritmo um instrumento de empoderamento feminino, resistência cultural e fortalecimento comunitário. Lidera e participa de diversas iniciativas voltadas à salvaguarda do carimbó, como a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural do Brasil, o movimento de salvaguarda do carimbó e o Circuito de Carimbó da Água Doce de Marapanim, território de referência dessa expressão cultural.
Claudete também atua como coordenadora do Projeto Alegria da Água Doce Mirim, iniciativa que articula educação, cultura e meio ambiente, envolvendo crianças e jovens em processos de valorização da identidade e preservação da natureza.
Além de sua atuação cultural, integra o Comitê de Bacia do Rio Marapanim e seus afluentes, fortalecendo a luta pela água e pela sustentabilidade dos territórios amazônicos. Sua voz se projeta em rodas de conversa, entrevistas, eventos e documentários, sempre reafirmando a importância da mulher na cultura popular.
Reconhecida como Mestra do Carimbó, Claudete é uma referência na preservação e inovação dessa tradição amazônica, unindo memória ancestral, militância comunitária e compromisso ambiental.