Rosa Maria Rodrigues Barroso, conhecida no candomblé como Ékedi Ájígeí T’Omolu Rosa Barro, é uma das principais referências da cultura afro-brasileira em Roraima. Nascida em Santarém (PA), há mais de quatro décadas vive em Boa Vista (RR), onde construiu sua trajetória profissional, social e religiosa.
Aos 65 anos, Rosa Maria é técnica de enfermagem e sempre esteve envolvida em movimentos sociais e sindicais, atuando pela garantia de direitos, melhores condições de trabalho e dignidade para os trabalhadores. Paralelamente, como mulher negra e candomblecista, dedica-se à valorização da espiritualidade e cultura afro-brasileira no estado.
Iniciada há dez anos no Candomblé, exerce sua função no terreiro Egbé Asé Yewalê Bemi T’Yemonja, em Boa Vista, onde atua como ékedi, responsável pelo cuidado com as vestimentas sagradas dos orixás. Filha de Omolú, Rosa trabalha também com cura através de rezas, banhos e folhas sagradas, preservando saberes ancestrais que fortalecem corpo e espírito.
Suas raízes espirituais se ligam a uma linhagem de força: é filha de Yewalê Bemi T’Yemonja Delmiro Freitas, neta de Igibona Igidewi T’Omolu e bisneta de PC Oxumarê do Asé Agodó Araçá Oxumarê. Essa herança é a base de sua caminhada religiosa e comunitária.
Entre a vida profissional, a militância social e a dedicação espiritual, Ékedi Rosa Maria Rodrigues Barroso constrói um caminho de resistência e cuidado, sendo hoje um nome fundamental para a preservação e promoção da cultura afro-brasileira em Roraima.