Mestre Gláucio Teixeira descende de uma família tradicional de brincantes populares de São Gonçalo do Amarante (RN). É neto e sucessor do Mestre Lucas Teixeira, liderança dos Congos, e sobrinho do Mestre Sérvulo Teixeira, histórico Embaixador dos Congos. Desde cedo, incorporou em sua trajetória a herança cultural transmitida por seus ancestrais, tornando-se guardião e renovador dessa tradição.
Ator, brincante, educador popular, agente e empreendedor cultural, Mestre Gláucio é gestor do Ponto de Cultura e Memória Congos de Combate, espaço de valorização, preservação e difusão das manifestações afro-brasileiras no Rio Grande do Norte. Sua atuação integra arte, educação e militância social, fazendo dele uma referência no Movimento Negro Potiguar. É também precursor do Grupo PeduBreu, membro e articulador do Fórum Permanente de Cultura de São Gonçalo do Amarante, da Comissão Norte-Rio-Grandense de Folclore e do NEABI – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do IFRN/SGA.
Na esfera institucional, tem exercido funções de representatividade, como Conselheiro Municipal de Cultura e Delegado das 2ª, 3ª e 4ª Conferências Nacionais de Cultura (2010, 2013 e 2024), realizadas em Brasília (DF). Em 2017, foi reconhecido pelo Ministério da Cultura com o Prêmio Leandro Gomes de Barros, na categoria Herdeiro de Mestre in memoriam, pelo seu papel na continuidade e valorização das tradições herdadas.
Atualmente, cursa graduação em Teatro na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ampliando sua formação artística e acadêmica. Sua trajetória reafirma a importância da tradição dos Congos como expressão de identidade, resistência e memória viva da cultura popular nordestina.