Nádia Campos
Cultura tradicional

Nádia Campos

Desde menina, Nádia Campos criou gosto pela música caipira e pela terra, como todo sertanejo. Sob influência de artistas como João Bá, os irmãos Doroty e Dércio Marques, Violeta Parra, Mercedes Sosa e tantos outros, aos nove anos começou a participar de festivais de música. Com essa mesma idade, já gravou uma participação no disco Enrola Bola, de Rubinho do Vale e, mais tarde, foi aluna do paraguaio Eládio Pérez Gonzáles, na Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte.

Investindo na carreira musical, a cantora e compositora fez diversas participações em gravações e shows de outros artistas do meio. Emprestou sua voz e habilidade com a flauta doce ao disco Umumakaia, espírito do vento, do colega Sotero Sol, além de registrar poesias cantadas no disco Jardim de Todos.



Nádia Campos também mostrou seu interesse pelas expressões de cultura popular acompanhando e participando de congadas, batuques e cantadores na Serra do Cipó, em Minas Gerais. E ainda foi além das fronteiras brasileiras e participou do encontro Guitarra de Américas, na capital chilena, Santiago.

Também interessada pela cultura latino-americana, Nádia passou os anos de 2007 e 2008 conhecendo as culturas argentina e chilena. Neste período, teve contato com os músicos Ernesto Cavour, da Bolívia, o peruano Raul Garcia Zarate, Tânia Ramos, do Paraguai, o colombiano Fernando León e Gustavo Colinas, da Venezuela.



Após a experiência internacional, em 2008 a cantora gravou seu primeiro disco, Por que Cantamos. Inspirado no poema do uruguaio Mario Benedetti, o álbum traz canções autorais, populares tradicionais (folia, danças de trabalho, tonada chilena) e releituras. Contou com a participação de Dércio Marques (arranjos, viola, violão, voz), do maestro Chico Moreira (arranjos, viola, voz) e de Poli Brandani (violão e voz)


Após a gravação do primeiro álbum, participou de outro festival no Chile, encontros de violeiros do Movimento dos Sem Terra, entre tantos outros, nos quais dividiu o palco com mestres da viola como Dércio Marques, João Bá e Pena Branca. Em 2012, participou do XII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros.

Em 2013, gravou seu segundo álbum, Cantigas de Beira Rio, cujo tema principal gira em torno das águas: rios, mares, ribeirinhos. A maioria das canções foi feita em parcerias com o mestre e amigo João Bá. Contém ritmos tradicionais brasileiros e uma cueca chilena. Conta com arranjos de Levi Ramiro (viola), Fernando Guimarães, Poli Brandan e participações de João Arruda (voz), Joaci Ornelas (viola), Pereira da Viola (voz), Pollyana Rodrigues (flauta), Vicente Junior (acordeon), Gladson Brafa (percussão), Rita Bertolaccine (piano), Claúdio da Rabeca (Rabeca), Felipe Arellano (violão), Bilora (caixa de folia), Marcelo Politano (quena) e João Bá (voz).

Ouçam essa beleza:



   

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