Olinda Shipibo e Sadith Silvano
Povo Indígena

Olinda Shipibo e Sadith Silvano

Olinda Shipibo e Sadith Silvano são tecelãs, muralistas e ativistas culturais do povo Shipibo-Konibo, originário da Amazônia peruana. Ambas se destacam pela preservação e difusão da tradição ancestral dos grafismos kené, que traduzem a espiritualidade, a memória e a cosmovisão de seu povo em tramas, bordados, pinturas e murais de grande potência estética e política.

Em 2024, estiveram presentes na Aldeia Multiétnica, realizada em Alto Paraíso de Goiás(GO), evento que é também realizado pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge e nasceu no seio do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Na ocasião, compartilharam seus saberes com artistas indígenas e comunidades de diferentes origens, fortalecendo o diálogo intercultural e reafirmando a arte shipiba como ferramenta de cura, resistência e empoderamento.

Assista AQUI um pouco de sua participação na Aldeia Multiétnica 

Olinda Shipibo

Olinda é reconhecida internacionalmente por sua arte kené e por sua atuação social. Tornou-se um símbolo de luta da comunidade de Cantagallo, em Lima, durante a pandemia de Covid-19, quando organizou ações coletivas de cuidado e solidariedade. É figura central no grupo Madres Artesanas de Cantagallo e foi presidente da Associação AYLLU, dedicada à defesa dos conhecimentos tradicionais de mulheres andinas e amazônicas. Sua obra já integrou exposições no Museu de Antropologia da Universidade de British Columbia (Vancouver), na ARCO Madrid (2019) e na Universidade Nacional Maior de San Marcos (Lima). Olinda enxerga no kené uma fonte de empoderamento feminino e sustento comunitário, além de articular projetos de reflorestamento e sustentabilidade na Amazônia.

Sadith Silvano

Sadith é artista, artesã e militante cultural, integrante do coletivo Mulheres Muralistas Shipiba, com o qual promove a visibilidade da cultura de seu povo em murais urbanos e espaços expositivos. Sua produção combina a tradição dos desenhos kené com mensagens de defesa ambiental e dos direitos indígenas, revelando o poder da arte como instrumento de resistência. Sadith tem participado de eventos no Peru e no Brasil, levando a arte shipiba a novos públicos e fortalecendo o papel das mulheres como guardiãs da memória e da espiritualidade amazônica.

   

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