O Tambor de Crioula é uma manifestação cultural popular de matriz afro-brasileira muito difundida no Maranhão. As rodas de tambor homenageiam São Benedito e, para os participantes, é um momento de fé, devoção e lazer.
Os homens, conhecidos como “coreiros”, são responsáveis pelos toques dos instrumentos (tambores e matracas).
A dança é realizada pelas “coreiras” (mulheres), que durante a brincadeira formam uma meia lua. Elas realizam movimentos circulares e giros, se revezando em frente aos tambores. Essa alternância é realizada por meio da “umbigada”, toque de ventre com ventre que representa um convite para entrar na roda.
Mestre Teodoro Freire, maranhense e grande divulgador da cultura de seu estado de origem, chegou em Brasília em meados de 1961 e até seus últimos dias de vida lutou bravamente pela valorização da cultura popular brasileira.
O Tambor de Crioula do Mestre Teodoro foi criado no Rio de Janeiro, na década de 1950, e hoje está em Sobradinho (DF), tendo sua base no Centro de Tradições Populares. Trata-se de um dos grupos culturais mais antigos da capital do país e está presente em importantes eventos da história da cidade.
O grupo possui em sua formação várias gerações de nordestinos, que, assim como muitos moradores de Brasília, migraram para a capital em busca de melhores condições de vida. Pessoas que encontraram na brincadeira do Tambor de Sobradinho um pouco da cultura e dos costumes da terra natal.
O Tambor de Crioula do Seu Teodoro se apresentou no XIX Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, em 2019.